quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Curandeiro Soprando

No antes me limpei,
De mim saíram os medos
E já poucos são os males
Para ser tratados no hoje.

A partilha da Cura
Se inicia com a partilha da limpeza,
O processo do Eu
Que começa no amor aos outros.
Curandeiro soprando,
Soprando bênçãos,
As boas-vindas na minha casa.

Tão bem que rodopia
A mente que se alumia,
Que cospe e se abre,
Que se concentra no centro.
O ponto no meio do Nada não existe
E o caminho por entre o escuro
Sempre nos chama e nada nos traz.

Conscientes tombamos,
E na queda se quebram
As cristalinas muralhas
Que, opacas, travam a Luz.
Prova a prova,
Essa luz assim se reconhece,
E no seu fogo interior se purifica.
Suas cinzas são o Mestre
Soprando, soprando com as bênçãos,
Espalhado para que trabalhe no mundo,
Como pedido pela planta caminhante.

Sem comentários:

Enviar um comentário