sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Caminho de Volta - Trabalhar a Palavra de Cura

  Oh, maravilhoso caminho, este. A cada cerimónia, tantas certezas quanto surpresas. Nunca sabemos qual a lição que nos traz o Professor ou qual a Medicina que acompanha e invoca o Doutor. A certeza está na Cura e na Palavra que dela brota, na limpeza com Alegria e Satisfação.
  Por vezes esta Limpeza e esta Cura chegam antes da cerimónia e continuam algum tempo após a mesma. A Palavra vai surgindo com a integração e a memória da integração. A seu tempo, no exacto momento em que tem que surgir, vem o novo propósito. Num sonho, numa epifania, num cruzar de olhos com uma memória, a Missão deseja ser ouvida e pede para ser cumprida, em profundo Amor. Quando se sente e se aceita a missão, tudo à nossa volta se modifica, se conjuga para que se possa trabalhar a Palavra de Cura.
  E haverá Cura mais linda que o doce cantar do beija-flor?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Caminho de Volta - Ser o Ser Celeste

  Chamado o Sol, o vemos chegar pé ante pé, a sua luz nos enchendo, vibrante, brilhante. Cantamos como crianças, como homens e mulheres que procuram ser crianças, aceitar-se e amar-se na sua Divina insignificância.
  Já o Doutor nos tinha dito: "vou-vos ensinar o segredo da Felicidade, para que sempre saibam sorrir". Procurar, Aceitar, Ser. Tão simples as verdades mas tão cheias de Poder. Há um brilho que vem de dentro e um outro que vem de fora e, quando os dois se encontram no infinito, a magia e o extraordinário acontecem. Ambos se reverenciam, ambos são irmãos, mas o brilho do Sol de fora traz a lição e o exemplo para que o Sol de dentro possa crescer forte e saudável como ele. Porque quando a planta se quiser expandir, outros sóis de dentro vão eclodir do seu ovo de cristal e sair pelo coração coberto de verdes lianas do hospedeiro.
  Aí será um novo ciclo, o aluno torna-se o mestre, e a planta ganha novas vozes, novos cantos. A nova Verdade será todo o alimento que necessita o Espírito. E, como nós, o Sol continuará a morrer e nascer, todos os dias.

  É este o Caminho de Volta

sábado, 15 de outubro de 2011

Ser o Sol - Alegria e Satisfação

Ser feliz...
Ser feliz não é sorrir,
Porque sorrir sem propósito não é sorrir.
Ser feliz não é ter alegria,
Porque alegria sem consciência não é alegria.
Ser feliz não é ter paz,
Porque ter paz sem crescer não é ter paz.
Ser feliz não é andar sem rumo.
Viver sem rumo no andar
É desistir de procurar.

Nada na vida se consegue
Sem buscar.
Buscar é estar pronto,
Buscar é receber,
Buscar é ter o velho e o novo
Com a mesma alegria.
A alegria é prazer, é partilha
Alegria é Cura.
Felicidade é Alegria e Satisfação,
É tirar o máximo de cada momento,
Com consciência, propósito e em verdade.
Sem isto não somos mais que os animais,
Que comem nosso vomitado e se vomitam,
Num ciclo sem ego,
Sem descarrego ou lamento,
Um ciclo sem fim.

Em tudo buscar-nos a nós,
Em tudo viver a verdade,
Em tudo viver o sentir.
Não precisas controlar,
O Mundo vive por si,
O Sol brilha sozinho,
Todo o dia, todos os dias,
Com Alegria e Satisfação.

O Sol sabe que é,
E permite-se Ser.
Nosso caminho aí nos levará.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caminho de Volta - Sagrado Ciclo do novo Ser

 A lição só o é porque o Mestre ensina e nós escutamos. Nunca sós, encaramos os ensinamentos como pequenas crianças, e nem sempre conseguimos concentrar-nos além do medo, além do profundo medo do Vazio, do escuro. A planta docemente nos alimenta de Luz, mas essa própria luz se reflecte tão brilhante que quase nos faz explodir.
 Pelas frestas nos opera o Doutor, e da nova confiança renasce um profundo amor pela Medicina. Tudo em nós pede uma nova toma, para a nova instrução. A nova instrução me pede para sentir, para fechar o círcul de dor, de abandono, não como o Eu, mas como um Eu no Infinito. Do Eco das Trevas nasce um profundo Amor, e as dices memórias selam a plenitude. O Novo Ser se emana, por entre a névoa, do fundo do novo e cuidado Jardim, o Profundo Sol do coração.
 O novo Sol segue o seu maravilhoso novo Caminho, em que a lição se transforma em Verdade, e a Verdade gera o novo ciclo Solar, para nós e nossos filhos. Para sempre nos ligarmos. Para sempre triunfarmos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Lição Terceira - Concluir a Obra

Não te escondas.
Porque te escondes de mim?
Não me escondo de ti, Pai,
Só estou atento às tuas palavras.
Então se estás atento
Sabes o que te proponho
Criança-filho?
Sei. Sim. Mas tenho medo,
Não pode ficar para o depois?
Não sei que é isso.
Conheço a proposta do agora,
E é tudo que existe.
Queres tomar Medicina?
Ainda não, Pai.

Escutando os ensinamentos
Percebo que não percebo,
Que o que sei, só sei
Se deixar entrar o Amor.
O Doutor tem de operar,
Mais fundo, pelo Eco.
Confia, criança-homem.

Pai, posso tomar Medicina?
Até sermos Sol, nada te nego
Filho-do-homem.
Porque te escondes de mim,
Não confias no Pai?
Tenho medo de ver o Pai,
De te ver meu pai,
Porque não te conheço.
Que de mim conheces?
Procura por mim no teu coração
Encontra-me nas tuas células,
Quem sou eu?
Fecha o círculo.

Na ilusão por elas criada
Não és mais que um não-Ser,
Odiento, odiável, cobarde,
Que rejeita, abandona, traumatiza.
Penso em te odiar,
Penso no que me fizeste passar,
Penso que tenho de te purgar.
Então vomita-me,
Porque senão serás como eu.
Não consigo! Porque não consigo?
Queres visões de purga?
Dá-me tudo o que tens!
Toma a semente da Podridão!
Toma entranhas revolvidas!
Toma festim de vermes vomitados
E a náusea do bafo da Cadela que os come!
Vá, vomita-me!

Não consigo. Porque te encontrei.
Soluçada memória de criança,
De pleno sorriso, de olho brilhante,
Trilhando, experimentando.
E tu, meu Pai, que olhas para mim com amor,
Lembra-te de mim, nas doces memórias,
Como eu te lembro.
E completarás o ciclo, como eu,
Quando for pai, como tu.

De filho para irmão para criança,
Criança-homem para criança-filho,
Filho-do-homem para criança-pai
Para homem-pai, para pai-do-homem.

Novo ser, razão do Ser,
Novo prazer. Intenção.
Vivo jardim interno
Flor de branco algodão,
Que brilha, em harmonia,
Ao Sol, ao Sol de dentro,
Ao Deus Profundo, no coração.

Não pares, nunca pares,
Porque um dia tudo isto será teu,
E serás Farol, impecável.
O meu trabalho aqui acabou,
Mas viverei sempre
Nas palavras do Pai.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Caminho de Volta - O Infinito que é maior ainda

 O trabalho de cura se baseia não na compreensão dos processos ou na consciencialização das visões e das mensagens. Não no momento. Quando tudo deixa aparentemente de fazer sentido, temos tendência a tentar controlar como estamos, como nos sentimos, o que pensamos. Lembramos uma memória de uma voz que nos diz para nos sentarmos ou deitarmos ou dançarmos. E nos agarramos a essas memórias como se a nossa vida ou a nossa própria sanidade dependesse disso.
 A planta é sábia. A luz guia é sábia. Nada do que diz é em vão, tudo tem o seu misterioso propósito. Desde que cheguei a esta casa que o meu Destino está traçado, e do meu percurso cuidam os Taitas, os ancestrais. Conhecido está o novo desafio: confiar no poder e no saber, na força que é e está no Infinito, e apreciar verdadeiramente a viagem, a caminho do futuro, do meu futuro. E o sorriso que brota de mim é sentido e faz sentido. Ouvindo e sorrindo, me deito. Deitando e descansando, aprendo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lição Segunda - Aprender a Confiar

Porque não te deitas?
Para não me perder.
Perder é mau, muito mau.
Porquê?
Porque vou e não tenho centro
Porque me perco e não tenho âncora.
Atenção, postura,
É esse o caminho certo,
É por aí que me guia o farol
Senão naufrago.

Porque não te deitas?
Para não me perder.
E alguma vez te perdeste comigo?
Na vez passada, e na vez passada.
E onde foste, quando te perdeste?
Ao fundo, e mais ao fundo,
Além do fundo.
E que viste, tão no fundo?
A mim. Além de mim.
Vi uma história, uma memória
Vi pinturas, as cores do coração.
Vi Deus, nas minhas facetas.
A beleza das Leis Divinas,
Os contratos com o Tempo.
Vi muita Dor, que passou,
E Demónios de ilusão.
E descobri o Prazer, de Ser,
De Estar, de Existir.
E fui cuidado, e limpo,
E aceitei, e aprendi.

Como vês, em ti opero pelo Eco,
Dou forma e cor ao teu Espelho
E te acompanho, para fora deste mundo de Ilusão.
Sou Infinito, e no Infinito te curo.
Sorri. Isso! É desse Sorriso que eu gosto!
É aqui que nasces, meu filho,
E do teu sorrir nascem as mensagens,
Nascem as minhas mensagens.

Queres tomar Medicina?
Agora não, Pai. Quero ouvir e sorrir.
Então descansa, criança-homem.