Quando surge a anaconda, a mesma dos meus sonhos, a mesma de que tanto ouvi falar, apercebo-me do quão especiais somos. É um privilégio assistir ao seu deslizar, ao seu envolver. Sempre alerta, vai nos visitando um a um para anunciar a chegada do Doutor. Olha-nos nos olhos e neste olhar vislumbramos uma centelha do Infinito, as mágicas emanações de um brilhante Sol eclipsado. Quando se esfuma nasce o silêncio.
Do silêncio, tão importante silêncio, vem o dom da Palavra, a palavra do Pai, do Pai Eterno, e do Doutor que vem curar. Sua canção é de alegria. Seu canto é profundo, e nos fala da memória e dos tesouros, para nós e quem vem de nós. Não é o tempo de chorar. É tempo de limpar o corpo e o coração, com a vibração da Luz do Alto e o bater do tambor.
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