sexta-feira, 22 de julho de 2011

Caminho de Volta - Solidão e o outro lado

 Catarse. Primeira, quinta ou décima toma, perfeito e oportuno é o momento da integração. Exacta a hora em que as exactas palavras são proferidas exactamente para nós. Por vezes duras, palavras de Verdade, palavras de Amor. Invocado poder pessoal, interior, superior. Centrada e acutilante, a voz que rompe o véu do som nos mantém, inteiros, ancorados. Uma voz de amor que não é minha, mas que vibra na minha, que se esgueira pelas brechas nas minhas barreiras e encontra o caminho mais rápido para o meu coração.

Devemos viver na terra
Com toda a satisfação
E se queremos ter a vida
Agradecemos a nossa mãe

 Quando o choro invocamos, devemos sempre levar um presente: o perdão. Quando a solidão nós visitamos, devemos sempre levar um presente: o silêncio. Só no nosso próprio silêncio mais profundo é que escutamos. E aquela voz, que de fora nos assolava, irrompe das profundezas do nosso ser, doce, melodiosa. E, quando vibra no mesmo amor que a voz do Pai que encarnou, nasce a harmonia da Cura.

 Nova mensagem, nova verdade, novo propósito, que só surge porque merecemos. Do outro lado do espelho, do outro lado do som, estão as palavras de poder, está o inteiro, impecável.

 Seremos como Ele, um dia?

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